Tiago Mendes, antigo jogador do Benfica que agora é treinador (Já repararam que eles agora são todos treinadores ou comentadores ou directores desportivos ou coisas assim? Já não há antigos jogadores gordos, perdidos nas drogas, falidos e a vender casas na Remax?) bateu com a porta do Vitória de Guimarães por não concordar com a política de contratações do clube. Não sei muito bem o que se passou ali, mas sei que Tiago não gostou. O contrato também não devia ser grande coisa, porque o Jesus também não recebeu o séquito de brasileiros que queria e nem por isso se foi embora.
Mas isso não nos interessa, meus amigos. Interessa-nos o que nos pode aliviar a carteira. E isso será a sucessão do querido Tiago, cuja carinha ainda vejo todos os dias no poster de 2004 da Final da Taça de Portugal. Será sucedido por alguém cuja carinha também vejo todos os dias, no poster de Campeão de 18/19 mas de quem não guardo tantas saudades – Bruno Lage.
Estou a ser hipócrita, vá. Eu gosto do Lage, acho-o bom treinador e acho que as primmadonnas do balneário lhe fizeram a cama. Bastou Deus Jonas reformar-se que aquilo passou a ser uma rebaldaria.
E por achar que ele é bom não tinha assim tanto interesse em vê-lo treinar em Portugal. Porém, o jornal Guimarães Digital vem mesmo apontar o seu nome como provável sucessor do querido Tiago, o que será bom para o Benfica em termos financeiros – afinal, parecendo que não, ainda lhe estamos a pagar o salário. Pois é, meus amigos, é o que acontece quando queremos mandar o treinador embora e não é ele que se passa ao fresco, como o querido Tiago. Temos que continuar a pagar-lhe até ao final do contrato ou ele arranjar outro clube. Rui Vitória foi amigo do povo e foi logo enfiar-se nas Arábias a ganhar tanto como um xeique e a dar-nos um bom alívio. Bruno Lage não seguiu esse exemplo, mas poderá agora ter essa oportunidade, não a ganhar milhões mas num bom clube onde poderá estar junto da família, como sempre disse ser a sua prioridade.
Vamos lá ver. Talvez tenha trauma do que os adeptos do Benfica lhe fizeram no apartamento, que foi uma brincadeira de meninos comparada com a exigência dos adeptos do Guimarães. Eu, pelo menos, tinha medo.
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