Casos

Benfica exige investigação sobre acordo duvidoso que suspendeu processos contra Rui Pinto

Os advogados do Benfica suspeitam que um procurador do DCIAP possa ter interferido de forma abusiva em inquérito, resultando em Rui Pinto não ter sido julgado em cinco processos. Em resposta, o clube pediu uma investigação às circunstâncias em que foi atribuída uma suspensão provisória nestes casos. O pedido já foi enviado ao Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), conforme noticiado pelo Jornal de Notícias.

De acordo com a defesa do Benfica, há evidências de que um procurador do DCIAP teria participado numa “negociata” para beneficiar o criador do Football Leaks, evitando, desse modo, que fosse julgado nestes cinco inquéritos. Esses processos dizem respeito a acessos informáticos aos sistemas do Centro de Gestão da Rede Informática do Governo, do FC Porto, do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) e de e-mails da Procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal, e do Benfica.

Em julho de 2020, o Ministério Público havia proposto uma suspensão provisória para estes cinco processos em que Rui Pinto estava a ser investigado. Contudo, o Benfica parece não estar convencido de que o acordo negociado foi justo e solicitou uma investigação ao CSMP.

Acredita-se que a equipa jurídica do Benfica está empenhada em apurar a verdade dos factos, no sentido de assegurar que fique clara a legalidade do processo. A expectativa é de que sejam respeitados os direitos e garantias constitucionais do clube e de que seja feita justiça no caso Rui Pinto.

Ainda que seja prematuro fazer julgamentos sobre o assunto antes de uma investigação independente ser concluída, é certo que o caso suscita muitas questões e levanta preocupações quanto à imparcialidade do sistema de justiça português. Resta aguardar os desenvolvimentos futuros e ver como se desdobrará a situação.

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